Tese de doutorado defendida na UNESP/Marília
RESUMO
O trabalho
aborda as atividades do movimento operário e sindical na Grande São Paulo no
período 1968-1980, analisando as greves de Osasco em 1968 e as comissões de
fábricas São Paulo nos anos 1970 e o ciclo de greves no ABC paulista nos anos
1978-1980. Após o golpe militar de 1964, as comissões assumem nova importância
para a reorganização do movimento sindical e operário, os processos de Osasco e
o surgimento da Oposição Sindical Metalúrgica em São Paulo são experiências
significativas desse processo. Realizamos uma série de entrevistas com alguns
dos principais dirigentes da greve de 1968 em Osasco, militantes da Oposição
Sindical Metalúrgica e militantes do movimento operário do ABC paulista. O movimento
operário e sindical de São Paulo foi impactado pelos processos desdobrados em
Osasco nos anos 1967-1968, sobretudo pela formação das comissões e grupos
clandestinos. Sob influência desses processos desenvolveu-se em São Paulo a
Oposição Sindical Metalúrgica, que inspirada nas greves de Osasco, organizará
comissões de fábricas e grupos clandestinos. A expressão maior da Oposição
Sindical Metalúrgica se dá em sua terceira fase, de 1975 a 1980. Por fim
traçamos um paralelo com a forma de organização e linha sindical praticada pelo
Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo. Esta opõe-se em muitos aspectos
àquela "tradição" que, desde o golpe militar-burguês, vinha se
desenvolvendo de Osasco a São Paulo. Apoiando-se na estrutura sindical estatal/oficial,
opõem-se a criação de comissões independentes do Sindicato e centraliza toda a
orientação das greves nas mãos da Diretoria do Sindicato do ABC.
Palavras-chave: Movimento operário em Osasco: Comissões de fábrica:
Movimento operário em São Paulo: Oposição Sindical Metalúrgica: Movimento
operário no ABC paulista.
Confira o texto completo no site da UNESP: http://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/135966/000858805.pdf?sequence=1&isAllowed=y